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Mai/20 |
LEM: Em menos de uma hora, vereadores endividam o Município em mais R$11 milhões |
Silvano: não adiantou a negativa da Oposição. A base do Prefeito aprovou o novo empréstimo
Tudo aconteceu muito rápido: uma sessão extraordinária, 30 minutos de debates e a votação: nove vereadores – contra 5 da Oposição – deixaram tudo as claras. Autorizaram o prefeito Oziel Oliveira a contratar mais um empréstimo, desta vez para construir o aterro sanitário da cidade, ora servida por um depósito de lixo dentro da área urbana.
A sessão começou com um buzinaço e rojões, promovidos por eleitores que não queriam permitir que o Prefeito faça mais dívidas em nome dos cofres públicos.
O brilhante e douto legislador conhecido como Eltinho protestou: “Não é democracia criticar a pessoa dos vereadores”.
Outro, Kelmuth McLaren, que não é o fabricante britânico de carros esportivos, ainda argumentou que o dinheiro do empréstimo não vai para a conta da Prefeitura, mas é pago diretamente a empreiteira que realizar a obra. Ao que foi contestado por um comentário na rede de facebook, onde a sessão era transmitida: “O Kelmuth pensa que o eleitor é criança”.
Silvano Santos cita o fato de que há mais de um ano os vereadores aprovaram o empréstimo de R$ 40 milhões, para construir a Prefeitura e asfaltar um grande número de ruas nos bairros Mimoso 1 e 2. E que até agora as obras não foram entregues.
Por seu turno, Filipe Fernandes afirmou que já existem mais de 19 denúncias no Ministério Público e Tribunal de Contas dos Municípios pela má gestão do dinheiro público por parte de Oziel Oliveira. “Teremos mais um motivo de preocupação”, sentenciou o Vereador.
Nei Vilares foi mais enfático: “Voto a favor da vontade popular. O povo não acredita mais em Oziel. O povo cansou. Somos a cidade de orçamento maior que um milhão por dia e para fazer qualquer obra precisa de um novo empréstimo. Meu voto é NÃO para a vergonha que se abate sobre Luís Eduardo”.
Votaram, foram para suas casinhas com a sensação do dever cumprido e ratificaram o adicional de compromisso financeiro de cada eleitor com os cofres públicos, que hoje atinge cerca de R$ 1.500,00 por cabeça.
Isso significa que cada eleitor da cidade, além de pagar as altas taxas de IPTU, ISQN, ITR e a parte dos tributos estaduais e federais que retornam em parte à cidade, terão agora pela frente, acréscimos dissimulados em seus impostos, para pagar o principal e os juros do endividamento.