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28
Mar/23

LEM: 810 casos de estelionato foram registrados em 2022 e mais de 162 em 2023

Com mais de 108 mil habitantes em 23 anos de emancipação política, Luís Eduardo Magalhães todos os dias recebe cidadãos de várias partes do país em busca de emprego, de uma vida melhor e viver dias melhores ao lado da família. Com o crescimento pujante e um agronegócio forte,  o desenvolvimento e a riqueza nos campos e na cidade tem atraído também a atenção dos golpistas. Vários cidadãos tem caído em situações constrangedoras que custaram grandes prejuízos financeiros e até mesmo emocional.

Os golpes aplicados no município tem preocupado as autoridades pela forma com que as vítimas tem caído, tão facilmente em conversas de golpistas que demonstram nítidamente tratar-se de um golpe. Em 2022, foram registrados 810 golpes aplicados no município e mais de 162 já foram registrados em 2023 até hoje, terça-feira (28).

Em um dos casos, uma mulher de pouco mais de 50 anos, conversava em uma rede social com um suposto homem bem mais novo do que ela. Demonstrando está interessado na senhora, o golpista se apresentou ser um astrounata e que precisava de pelo menos R$ 6 mil para ir ao espaço.

"Golpe da novinha", em uma outra ocasião, vítimas que conversavam em uma rede social com um golpista que utilizava perfil falso de garotas novas e atraentes, chegaram enviar fotos e vídeos íntimos sem saber que do outro lado tinha um criminoso. Vacilo que coloca os criminosos em ação para iniciar uma extorsão. O golpe também é conhecido como "golpe do nudes" e após a exposição, o golpista entra em contato com a vítima com um outro número, se apresentando ser os pais da suposta novinha e passa a cobrar valores para não chamar a Polícia.

O "Golpe da van", o proprietário de uma van também chegou a perder o seu bem avaliado em 120 mil reais, após ser negociada e "vendida" para um golpista. O golpista negociou o veículo para uma outra pessoa pelo valor bem abaixo da tabela,  R$ 70 mil. Após entregar o veículo,  pegar a família e se deslocar para Brasília para comprar um outro carro,  achando que tava com dinheiro na conta, e tinha feito um bom negócio, o dono da van, percebeu no meio do trajeto que tinha caído em um golpe.

Um golpista também se passou por um combatente de uma guerra no Afeganistão e chegou a pedir R$ 65 mil a vítima após conversas amorosas na rede social. Um caminhoneiro também perdeu R$ 46 mil, após negociar a compra de um veículo pela rede social. Já um empresário perdeu R$ 160 mil após entrar em um site falso de leilão na internet.

O "Golpe da facção", vários empresários do município já receberam ligações de golpistas, se passando por líderes de facção fazendo graves ameaças até de execução. Neste golpe, supostas lideranças de uma facção criminosa ligada ao tráfico ameaçam comerciantes ou exigem dinheiro. O golpe consiste, no encaminhamento de mensagem de áudio para Whatsapp do estabelecimento comercial ou até mesmo de empresários. No áudio, um homem se identifica como líder de uma facção criminosa e afirma ter descoberto que o responsável pelo comércio, estaria repassando informações sobre o tráfico de drogas na região para a polícia. Após várias ameaças, o criminoso informa que se o fato não for esclarecido, a ordem é para "execução de todos" e para "colocar fogo" no estabelecimento comercial. Em geral, criando pânico, os golpistas começam a extorquir o empresário para evitar a ação.

Em entrevista ao repórter Weslei Santos, do Blog do Sigi Vilares, o delegado Joaquim Rodrigues relatou que toda a semana é registrado de dois a três casos de golpes na delegacia. O delegado pede cautela a população a todo tipo de ligação, oferta fácil e negociações pelas redes sociais. Geralmente o golpista pega algo que o verdadeiro vendedor está vendendo nas redes sociais e repassa em uma outra página o mesmo produto com o valor bem abaixo, e ao invés do cidadão negociar com o vendedor, estará "negociando" com o golpista.

Em alguns casos, é até difícil de encontrar o autor, pois se escondem através de números sem registros em operadoras e documentação falsa.

Fonte:Reportagem de Weslei Santos/Blog do Sigi Vilares
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