Notícias

28
Out/22

Faroeste: Juiz anula atos processuais e restabelece acordo de divisão de terras

Falta pouco para a situação de disputa de terras no oeste baiano ser resolvida pelo Judiciário baiano. Após quase três anos da deflagração da Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças relacionadas a mais de 300 mil hectares de terra, a Justiça determinou o retorno da validade do acordo firmado com os proprietários das terras em junho de 2012.

Os terrenos, hoje valiosos, são disputados pela família do borracheiro José Valter Dias, família Okamoto, família Siroti e família de Bento Demarchi e pelas agropecuárias Grupo Bom Jesus, Sociedade Agropecuária Vale do Rio Claro, Algodoeira Goioerê - Indústria e Comércio. Um fato curioso é que a defesa dos interesses de boa parte desses grupos foi feita pelo advogado Felisberto Córdova, que ficou conhecido no Brasil por dizer que na Bahia "não havia nem 10% de juízes honestos".

De acordo com o advogado do Grupo Bom Jesus, Rafael Araripe Carneiro, após a operação, houve um grande trabalho das instituições para garantir a segurança jurídica na região, como do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF), além do próprio TJ-BA. “Todo aquele esquema [de corrupção] acabou. Hoje, estão nas posses aqueles que realmente detêm as matrículas válidas, que não foram anuladas pelo CNJ e nem pelo Supremo”, explica o advogado. Ele conta que, enquanto o grupo criminoso investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) operava, era impossível apresentar memoriais sobre o processo aos magistrados, pois o caso já estaria “resolvido”. O “quase-cônsul” da Guiné Bissau, Adailton Maturino, possuía forte influência no TJ-BA no período em que foi presidido pela desembargadora Maria do Socorro Santiago e pelo desembargador Gesivaldo Britto.

Fonte:Bahia Notícias
()
  Curta nossa pagína
  Publicidades