"Inimigo de meu inimigo, é meu amigo", diz o clássico ditado. ACM Neto (União Brasil) e João Roma (PL) já foram amigos e a política fez mudar os rumos da relação entre os compadres. A campanha para o governo da Bahia só fez acirrar tudo, com Roma forçando uma série de ataques contra o seu ex-líder político.

Por ironia do destino, é essa mesma campanha quem pode reaproximar os dois. Tudo por conta de um adversário em comum: o Partido dos Trabalhadores, a quem ACM Neto enfrenta no segundo turno e tenta terminar com uma hegemonia que já dura 4 eleições - e pode chegar a 20 anos.

Na manhã desta quinta-feira (6), em entrevista à rádio Diamantina FM, ACM Neto fez um aceno a João Roma ao falar de um assunto que o bolsonarista bateu muito durante a sua campanha: a redução da carga tributária no Estado.

"Sendo objetivo e direto, não vejo nenhum espaço para aumento de carga tributária e impostos neste momento. Pelo contrário. Será necessário sentar com os principais atores do setor produtivo da Bahia, sentar com a indústria, sentar com o comércio, com o setor de serviços, com o agronegócio, com as pessoas que trabalham na agricultura, mineração, todos os principais setores da Bahia para discutir um plano de expansão econômica", afirmou ACM Neto.

O ex-prefeito de Salvador declarou que a estratégia para arrecadar e pagar a conta de compromissos de campanha como valorização salarial de servidores e realização de diversos concursos nas áreas de segurança e educação é "fazer a Bahia crescer".

"Através do crescimento econômico ter mais empresa, mais geração de emprego, e o Estado arrecadar mais. Neste momento, é preciso aliviar para o contribuinte, que não aguenta pagar essa carga de impostos, tendo queda de renda e empobrecimento das famílias", completou.