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20
Fev/22

Chuvas devem garantir produção de etanol e menor preço do combustível nas bombas

As chuvas dos últimos meses podem ter impacto positivo no bolso dos motoristas do país durante o ano inteiro. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) acredita que, ao contrário do que ocorreu em 2021, a colheita de cana-de-açúcar deve voltar aos patamares pré-pandemia, elevando assim a produção de etanol no país.

"O mercado está otimista em relação à recuperação da produção de açúcar e etanol na safra 2022/23, que se inicia oficialmente em abril deste ano", diz o órgão, citando que houve "chuvas abundantes" desde outubro de 2021 no Centro-Sul do Brasil para justificar a previsão.

Em 2020, com o início da pandemia de Covid-19 e a consequente redução dos deslocamentos, o consumo de todos os combustíveis despencou no país e no mundo. Os produtores de cana-de-açúcar aproveitaram essa baixa na procura para destinar parte da colheita que era usada no etanol para o açúcar, commoditie que estava valorizada no mercado internacional.

Dois detalhes ajudaram a impulsionar esse direcionamento para o açúcar. Primeiramente, países produtores como Índia e Tailândia estavam com baixos estoques. Outro ponto era que o real desvalorizado frente ao dólar favorecia o comércio exterior.

Segundo acompanhamento da Unica (Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-Açúcar), a quantidade de açúcar exportado pelo Brasil em 2019 foi de 17,9 milhões de toneladas. Em 2020, 30,6 milhões.

Em 2021, secas reduziram produção
Em 2021 o segmento nacional de cana-de-açúcar adicionou ao quadro um novo problema: as secas. A falta de chuvas nas plantações brasileiras reduziu a colheita, limitando não só a entrega de lotes de açúcar quanto a de etanol.

De 2020 para 2021 caiu de 30,6 milhões de toneladas para 27,3 milhões o volume exportado de açúcar.

Paralelamente, a menor quantidade de etanol nos postos de gasolina fez o valor do produto disparar mais de 50%. Com isso, o combustível deixou de ser vantajoso em relação à gasolina, que, apesar de também ter subido mais de 40% no ano passado, valia mais a pena aos donos de carros flex (que permitem as duas opções).


A Conab acredita que em 2022 o alto preço do petróleo no mercado internacional dever servir de estímulo à produção do biocombustível internamente, afinal a gasolina vai continuar cara.

A companhia esclarece que não houve em 2021 uma nova migração da produção para as usinas de açúcar, apesar de a commoditie continuar valorizada.


"A queda da produção de cana-de-açúcar limitou tanto a produção de açúcar quanto a de etanol na safra 2021/22, no entanto o percentual de matéria-prima destinada ao açúcar caiu de 45,9% para 45,5% entre as safras 2020/21 e 2021/22, enquanto o destinado ao etanol passou de 54,1% para 54,5% no mesmo período", afirmou o órgão.

Fonte:R7
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