Na sessão da última quarta-feira, (10/08) da Câmara Municipal de Barreiras, o assunto de maior destaque girou em torno de reclamações dos senhores vereadores, sobre a atuação da Embasa no nosso município.

Aliás, falar mal sobre o desempenho da estatal EMBASA é corriqueiro, não somente em Barreiras, mas em todo o Estado da Bahia, dada a falta de compromisso que essa empresa tem com a população em geral.

Basta afirmar-se que em Salvador, onde existem bairros com topografia irregular, é muito comum à falta d’água nas partes mais elevadas.

Não existe um bombeamento capaz de por um fim em tal anomalia e a Empresa, por inúmeras ocasiões, foi impelida pela Justiça a utilizar caminhões pipa para abastecimento das residências. Que vergonha!

Abastecendo ou não com regularidade, a concessionária Embasa jamais propôs um acordo aos seus infelizes clientes, para descontar do valor das faturas a parte referente aos dias em que a água deixou de chegar às suas casas.

Em Barreiras contamos com uma topografia mais propícia, mas ultimamente, preferencialmente à noite, o precioso líquido foge das nossas residências, sem qualquer justificativa aos consumidores, um fato recorrente. Nos últimos dias, a água foge das nossas torneiras, a partir das 20 horas.

Caberia à Prefeitura, que no governo “cidade mãe”, capitaneado pela hoje Deputada Jusmari Oliveira, que foi tão generosa na contratação dos serviços de exploração da água e esgoto pela Embasa, notifica-la sobre o fato e, se possível, multa-la convenientemente, se o abuso tornar a acontecer.

Ainda na sessão, foi lida uma nota de agradecimento do presidente da Casa, Otoniel Nascimento, dirigida à sua madrinha na política, deputada Jusmari Oliveira, que antes havia endereçado elogios sobre a atuação do seu apadrinhado na Assembleia Legislativa.

Otoniel Nascimento, a meu ver, faz uma discreta gestão, mas se enaltece as escâncaras com a “façanha” de economizar o que excede, pois tal gesto (de economia) resultará na volta dos recursos aos cofres municipais, para mais obras e amortecimento de vultosos empréstimos.

Tendo uma representação onde o Prefeito é quem decide, pela Prefeitura e também pela Câmara, não há motivos para os barreirenses pleitearem ações mais objetivas dos nossos representantes, em prol da comunidade. A maioria dos vereadores obedece cegamente a tudo que lhes é ordenado pelo gestor. Uma situação muito difícil de ser mudada.

Itapuan Cunha
Analista Político