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Out/18 |
“Bolsonaro respeita a democracia”, diz Dayane |
Deputada federal eleita e presidente do PSL na Bahia, Dayane Pimentel minimizou as principais declarações polêmicas do aliado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista à Tribuna, negou que o candidato seja a favor de mulheres ganharem menos que homem. Também rechaçou a acusação de que o capitão da reserva seja a favor da ditadura. “Aqui no Brasil hoje nós temos a polarização PT e Bolsonaro. Quem é acredita e respalda o governo da Venezuela? O PT. Lá é uma ditadura. Quem é respalda o governo de Cuba? O PT. Lá é uma ditadura. Quem respalda a Coreia do Norte? O PT. Lá também é uma ditadura. Então, é totalmente insustentável isso de que Bolsonaro é ligado à ditadura. Pelo contrário, ele sempre foi eleito democraticamente. Ele respeita a democracia. Se for presidente, será pela via democracia”, afirmou. Dayane Pimentel disse, ainda, que, se eleito, Bolsonaro terá quatro áreas prioritárias: educação, economia, saúde e segurança. Ela não descartou a possibilidade de ocupar um cargo em um eventual governo do capitão reformado. “Conversei muito com Bolsonaro em relação ai isso. Eu sei que Bolsonaro precisa de mim [no Executivo], mas ele precisa muito de mim no Congresso. Então, eu vou atuar como soldado de Bolsonaro e de todos que me elegeram. Onde eu puder ser mais útil, eu estarei”, ressaltou.
Tribuna – Como avaliou o resultado da eleição no primeiro turno?
Dayane Pimentel – Eu avalio com bons olhos. O Bolsonaro conseguiu uma colocação muito boa. Está na frente com uma folga grandiosa. A população brasileira está acordada e o patriotismo está acalentando todos os corações brasileiros. A gente viu uma votação muito expressiva e fomos para o segundo turno. Está tudo dentro do que a gente imaginou como possibilidade. Vamos partir para o segundo turno respeitando a democracia, as etapas, e tenho certeza que seremos vitoriosos no combate final.
Tribuna – A senhora é uma das poucas mulheres próximas ao presidenciável Jair Bolsonaro. Como é o seu contato com ele?
Dayane Pimentel – Bolsonaro é um homem muito sensível, corajoso e respeitoso. É uma pessoa que tenho admiração como tenho por ente familiar querido. É uma pessoa que busca muitos conselhos com outras pessoas. É muito bom trocar experiências com ele. Ele tem muito a me ensinar e ainda assim escuta muito e diz que aprende conosco. Isso me deixa muito confortável e satisfeita em trabalhar com o presidente. Vai saber ouvir as mulheres e as pessoas que estão próximas dele. Isso me deixa muito satisfeita.
Tribuna – Há muitas críticas em relação às declarações de Bolsonaro, sobretudo, sobre as mulheres. O que pensa sobre as falas dele no que diz respeito ao estupro e a participação das mulheres no mercado de trabalho? Ele chegou a dizer que mulheres poderiam ganhar menos do que os homens.
Dayane Pimentel – O Bolsonaro nunca disse isso. O que aconteceu foi uma reprodução do que ele escuta no mundo empresarial. Ele não concorda com isso. Não é à toa que ele escolheu aqui na Bahia uma mulher como representante. O Bolsonaro é o único presidente que defende castração química. Quem são as principais vítimas do estupro? As mulheres. O Bolsonaro busca melhorar a vida de todos os cidadãos brasileiros, independente de gênero, mas ele consegue entender também que existem as diferenciações biológicas. Para o Bolsonaro, não existe diferença entre homem e mulher enquanto cidadão. Agora, biologicamente, ele sabe que existem diferenças. Profissionalmente, Bolsonaro defende a meritocracia. Se uma mulher consegue ter um desempenho tão bem quanto um homem, deve ganhar a mesma coisa e vice-versa.
Tribuna – Muitos especialistas e até jornais internacionais avaliam que Bolsonaro é uma ameaça à democracia brasileira. A senhora acredita? Há risco de o governo ser militarizado?
Dayane Pimentel – Aqui no Brasil hoje nós temos a polarização PT e Bolsonaro. Quem é acredita e respalda o governo da Venezuela? O PT. Lá é uma ditadura. Quem é respalda o governo de Cuba? O PT. Lá é uma ditadura. Quem respalda a Coreia do Norte? O PT. Lá também é uma ditadura. Então, é totalmente insustentável isso de que Bolsonaro é ligado à ditadura. Pelo contrário, ele sempre foi eleito democraticamente. Ele respeita a democracia. Se for presidente, será pela via democracia. Isso é dito porque Bolsonaro não abre espaço para a corrupção, enquanto todos os outros candidatos são agentes da corrupção e só resta atacar Bolsonaro com falar descontextualizadas. Bolsonaro corre de qualquer ditadura. Muito, pelo contrário, ele é admirador de Israel, que é um país democrático, dos Estados Unidos, que é outro país democrático, Japão, Canadá... Essa é a linha de Bolsonaro, mas como as pessoas não podem chamar de corruptos, já que não existe nenhum índico de ilicitude contra ele, criam esses rótulos. Mas estamos aqui para desmentir todos os eles. Esse aí que ele é pró-ditadura é insustentável e estamos aqui dizendo o motivo.
Tribuna – Como conter as críticas de que Bolsonaro incentiva práticas fascistas?
Dayane Pimentel – Olha, o que seria o fascista? O fascista é aquele que luta para que o Estado seja cada vez maior para que seus comandantes políticos possam ser os controladores. O Bolsonaro luta contra isso. O Bolsonaro é o único dos presidenciáveis, entre todos que concorram no primeiro turno, e agora que defende o Estado menor. Não existe fascista em Estado menor. Quem cria situações ligadas ao fascismo é o PT, que quer controlar a massa a partir de um Estado inchado. Então, é outro rótulo insustentável.