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Jun/25 |
Transição energética e desenvolvimento do Oeste baiano são pautas de reunião entre Aiba e Bahiagás |
A diversificação da matriz energética do Oeste da Bahia foi tema de reunião realizada na segunda-feira (16), na sede da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás), em Salvador. O encontro reuniu representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da diretoria executiva da empresa, com foco na viabilização do fornecimento de gás natural para a região.
Participaram da reunião o presidente da Aiba, Moisés Schimdt, a diretora executiva Lizane Ferreira e a diretora institucional Karen Machado. Eles foram recebidos pelo diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, pela diretora Técnica e Comercial, Larisse Stelitano, e pelo diretor Administrativo e Financeiro, Vitor Hill.
Na pauta, a discussão sobre diferentes formas de levar o gás natural ao Oeste baiano, seja por meio de redes locais ou pela produção descentralizada de biometano, aproveitando resíduos agroindustriais, da pecuária e de aterros sanitários. Segundo Luiz Gavazza, a reunião foi produtiva e revelou sinergias entre os interesses da agropecuária regional e os planos da Bahiagás. “As preocupações dos produtores rurais do Oeste se alinham aos propósitos da Bahiagás, que tem a interiorização do gás natural e o fomento a energias mais limpas como prioridades”, afirmou.
Larisse Stelitano destacou que o fornecimento de gás natural para a região já está contemplado no Plano Diretor da Bahiagás, com previsão inicial de atendimento via redes abastecidas por Gás Natural Liquefeito (GNL) regaseificado. Ela também ressaltou o potencial da região para produção de biometano. “Há uma quantidade expressiva de resíduos oriundos da produção agropecuária, o que abre espaço para a geração de energia renovável. Inclusive, a chamada pública de biometano da Bahiagás está aberta”, pontuou.
Como encaminhamento da reunião, foi proposta a construção de ações conjuntas para fomentar a cadeia produtiva do biometano no Oeste. “Isso amplia a oferta de fontes de energia e impulsiona uma transição sustentável, baseada em uma economia de baixo carbono”, acrescentou Vitor Hill.
Para o presidente da Aiba, Moisés Schmidt, o encontro representou um diálogo estratégico com potencial para destravar gargalos que impactam diretamente a produção no campo. “A energia é o insumo que move o agro. A limitação no fornecimento energético trava a expansão da produtividade. Estamos em busca de soluções viáveis e sustentáveis, e o gás natural pode representar uma alternativa segura, que dá mais autonomia e previsibilidade ao produtor”, afirmou. “Seguiremos firmes nesse caminho de articulação, para garantir estrutura e sustentabilidade ao desenvolvimento do Oeste baiano.”