O dia 19 de agosto foi marcado por uma agenda intensa para a área de Sustentabilidade da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com participação em três eventos estratégicos: a 1ª Reunião Extraordinária da Câmara Técnica de Assuntos Jurídicos, Institucionais e Normativos (CTAJIN) do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram), um treinamento sobre Cadeia de Custódia promovido pela Better Cotton (BC) e Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), e a XIV Reunião Ordinária do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio de Janeiro. As ações refletem a atuação integrada da entidade frente aos desafios ambientais, jurídicos e produtivos do setor.

A coordenadora de ABR/Sustentabilidade da Abapa, Yanna Costa, integrou a reunião virtual do CTAJIN, que discutiu a escolha de coordenação da câmara técnica, o tratamento jurídico da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7007, que questiona a competência de municípios para legislar sobre licenciamento ambiental na zona costeira e supressão de vegetação da Mata Atlântica, em áreas urbanas, e o planejamento das próximas ações do Cepram. “A atuação da associação nesse espaço reforça a importância da previsibilidade regulatória e da conformidade legal como fundamentos para a sustentabilidade empresarial, além de fortalecer a confiança junto a parceiros, comunidades e órgãos reguladores”, explicou.

Paralelamente, o representante da Abapa, Eric Reis, participou de um treinamento online oferecido pela Better Cotton (BC) e Abrapa, voltado para associações estaduais e unidades de produção licenciadas no Brasil. O foco da capacitação foi a Cadeia de Custódia Better Cotton, abordando requisitos específicos para produtores ABR-BCI, o uso da plataforma BCP, as transações comerciais e o inventário de créditos (BCCUs) das safras 2023/2024 e 2024/2025. Durante o encontro, casos práticos foram apresentados para exemplificar a aplicação das diretrizes.

Da área de Sustentabilidade da Abapa, Wallas Calazans participou da XIV Reunião Ordinária do Conselho Gestor da APA da Bacia do Rio de Janeiro. Entre os temas discutidos, destaque para os informes sobre a compensação ambiental da Fazenda Agrifirma — com a Bahia sendo o primeiro estado a utilizar diretamente esses recursos, aplicando-os no fortalecimento da cadeia de coletores de sementes. A iniciativa será acompanhada por uma nova câmara técnica para definir os próximos passos.

“Outro ponto importante foi a apresentação do Projeto de Restauração e Sistemas Agroflorestais, conduzido por Natalie Ribeiro, da Fundación Solidaridad Latinoamericano, e aprovado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). A proposta visa a recuperação de áreas para produção de matéria-prima florestal. O próximo desafio será mapear áreas que atendam aos critérios do projeto, como possuir Cadastro Ambiental Rural (CAR) e ter até quatro módulos fiscais”, explicou Calazans.
Nascentes

No dia 15 de agosto, a equipe do Programa Nascente do Oeste, iniciativa conjunta da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), realizou uma visita técnica à comunidade de Timbós, no município de São Desidério, com o objetivo de avaliar as condições ambientais da vereda do rio da Cabeceira Grande, um dos importantes afluentes do Rio Grande.

De acordo com Wallas Calazans, durante o diagnóstico foram identificadas ações prioritárias para a proteção do ecossistema local, incluindo a ampliação do cercamento da área de vereda e a implementação de aceiros, que são faixas de contenção que ajudam a prevenir a propagação de incêndios florestais. “Essas medidas são fundamentais para conservar a vegetação nativa e preservar os recursos hídricos da região”, concluiu.