A cidade de Barreiras foi eleita para representar os municípios baianos no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), instância colegiada de caráter consultivo, deliberativo e normativo, que integra o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. O CBHSF tem como missão promover a gestão descentralizada e participativa das águas da bacia, articulando poder público, usuários e sociedade civil na preservação dos mananciais, no uso múltiplo e sustentável da água e na garantia de acesso equitativo a esse recurso essencial.

A eleição dos representantes ocorreu em plenária realizada no dia 30 de junho, no Novotel Rio Vermelho, em Salvador. Na ocasião, foram registradas seis candidaturas de municípios baianos, e Barreiras obteve a maior votação, seguida por Seabra. Ambas as cidades assumirão as duas cadeiras de membros titulares do segmento “poder público municipal” no Comitê. Como suplentes, foram eleitos os municípios de Xique-Xique e Lapão, localizados na região de Irecê.

A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco ocupa cerca de 8% do território brasileiro, abrangendo mais de 639 mil km² e atravessando seis estados – Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe –, além do Distrito Federal. O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG) e percorre 2.863 km até desaguar no Oceano Atlântico, na divisa entre Alagoas e Sergipe, totalizando 505 municípios. Para fins de planejamento e gestão, a bacia é dividida em quatro regiões fisiográficas: Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco.

O prefeito de Barreiras, Otoniel Teixeira, foi representado na plenária pelo secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Demósthenes Júnior que destaca a presença de Barreiras no CBHSF estratégica para fortalecer a defesa dos interesses da região oeste da Bahia nas decisões sobre a gestão dos recursos hídricos. “A participação no Comitê é fundamental para garantir que as demandas locais sejam consideradas em ações de preservação e uso sustentável da água. O CBHSF também acompanha projetos de recuperação hidroambiental financiados por meio da cobrança pelo uso da água e atua na fiscalização desses recursos. É uma conquista que reafirma nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a proteção do nosso patrimônio hídrico”, destacou o secretário.