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Ago/25 |
Barreiras: Nascentes do Oeste inicia ações de recuperação de área no povoado Tatu Leia mais... |
A equipe técnica do Programa Nascentes do Oeste, formada pela Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão) e pela Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), iniciou uma ação de recuperação ambiental no povoado Tatu, em Barreiras (BA). Durante o diagnóstico preliminar realizado no dia 28 de julho, em um córrego e nascentes da região, foram identificadas áreas bem conservadas de Cerrado, mas também trechos com sinais de degradação, como assoreamento e pisoteio do gado.
“Esses fatores prejudicam a recarga hídrica e a qualidade ambiental da nascente. A partir desse cenário, foram definidas as próximas ações de recuperação: o cercamento das áreas mais vulneráveis para impedir o acesso do gado e a instalação de paliçadas, estruturas que reduzem a velocidade da água, auxiliam no controle da erosão e favorecem a infiltração no solo”, explicou Wallas Calazans, da área de Sustentabilidade da Abapa.
Além dessas medidas, o programa também irá considerar ações preventivas contra queimadas, como a criação de aceiros, e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental voltadas à comunidade. “A Aiba fornecerá estacas de eucalipto e arame, e os próprios moradores já se organizaram para iniciar o cercamento da nascente na segunda semana de agosto. A delimitação da área será feita pelo geólogo Arthur Ribeiro, coordenador do Programa Nascentes do Oeste, com base em critérios técnicos e ambientais”, completou Calazans.
Atualmente, o programa atende os municípios de Barreiras, Baianópolis, Angical, Santana, Cristópolis e Santa Rita de Cássia. Até abril, ele tinha recuperado 140 nascentes. Criado em 2016, a ação segue uma metodologia estruturada em quatro etapas: a primeira consiste na articulação com as secretarias municipais, responsáveis pelo mapeamento das áreas e mobilização das comunidades. Em seguida, é realizado o diagnóstico técnico, como o que ocorreu no povoado Tatu, para identificar o estado da nascente e definir as práticas a serem aplicadas. A terceira etapa inclui ações de educação ambiental e capacitação dos moradores sobre manejo sustentável. Por fim, a quarta fase envolve a implementação das ações práticas de recuperação, como cercamento, reflorestamento, uso de paliçadas e o sistema Caxambu.
A visita técnica contou ainda com o apoio da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa), da Secretaria Municipal de Agricultura e Tecnologia de Barreiras, de professoras da rede municipal e da própria comunidade local, evidenciando o caráter integrado e colaborativo do projeto.