O governador Jerônimo Rodrigues (PT) concede entrevista à imprensa durante visita às obras de ampliação do aeroporto de Barreiras

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) voltou a criticar o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista à imprensa durante visita às obras de ampliação do aeroporto de Barreiras, nesta sexta-feira (25), o chefe do Palácio de Ondina fez novas críticas ao presidente norte-americano e afirmou que as medidas já estão trazendo prejuízos.

“O mundo não precisa de um intendente, de um imperador, não precisa. É o que está acontecendo na postura do presidente dos Estados Unidos. Então, isso vai trazer, já está trazendo, não é vai trazer não. Nós já temos um conjunto de contêineres, por exemplo, de frutas, de pescado, de mel, já paralisado nos portos, com receio de que ao chegar nos Estados Unidos, o tarifaço faça com que os empresários paguem a conta para estar colocando seus produtos nas prateleiras norte-americanas. Fora o receio. Quem fez contrato para exportação para os Estados Unidos fez com base em uma taxa de juros, em uma tarifa. Como é que no meio do jogo isso muda? É muita irresponsabilidade. Eles sabem o que estão fazendo. Estão fazendo com intencionalidade. É domínio de mercado, é uma guerra fiscal. Mas é uma luta para um domínio político”, afirmou Jerônimo.

O petista disse que apesar da “perseguição”, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “bastante assertivo” com a medida de reciprocidade, e convocou a união de todos os brasileiros na iminência de reverter as medidas anunciadas por Donald Trump.

“Eles perderam. O Lula não abaixou a cabeça. Nós temos que, nesse momento, ter o Brasil unido. Não tem que existir dois Brasis, duas cores. Todo mundo está vendo o prejuízo que o Brasil poderá ter no setor produtivo, caso isso não aconteça. E é claro, cada empresa fechada ou que reduz seus investimentos ou seus lucros por conta dessa questão tarifária, o que é que acontece? É desemprego”, acrescentou.

Ainda segundo Jerônimo, as medidas de Trump afeta toda a cadeia produtiva da economia brasileira e vai impactar diretamente para os governantes e para todas as classes sociais e econômicas.

“É uma cadeia que tira daqui grãos, que tira frutas daqui do Brasil, da Bahia. A Bahia, por exemplo, exporta minério, exporta celulose, exporta grãos, exporta pescado, mel. O mel é um produto da agricultura familiar. Então, não ataca e não atinge só grandes. Atinge grandes, médios e pequenos. Atinge a nós, governantes, que temos que ver a redução dos impostos acontecerem. Então, esperamos que o Lula possa, como vem fazendo, dirigir essa relação, superar essa situação e a gente poder passar agosto em uma situação já mais confortável. É a minha expectativa”, finalizou.