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Jul/25 |
Parlamentares pedem a demissão de ministro por fiasco na diplomacia |
Chanceler Mauro Vieira
O papel decorativo do chanceler Mauro Vieira fez surgir um movimento por sua demissão, a fim de que outro diplomata com credibilidade faça negociação de alto nível com os Estados Unidos. “Sua condução no caso da taxação é apenas mais um episódio desastroso, marcado por falta de firmeza, ausência de estratégia e completo desalinhamento com os interesses do Brasil”, diz o deputado Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), especialista em assuntos internacionais.
Luiz Philippe, o “deputado príncipe”, avalia que Mauro Vieira “insiste numa política externa ideológica e ultrapassada, que isola o país”.
Para o parlamentar, a atuação medíocre do chanceler também “compromete nossas relações comerciais e geopolíticas.”
Fazendo gênero malcriado, Vieira não consegue nem falar ao telefone com homologo americano Marco Rubio para abrir negociações.
O chanceler é decorativo por não ter papel relevante na política externa e presta obediência a Celso Amorim, assessor de Lula que o indicou.
A Seção 301 da Lei de Comércio, acionada pelo presidente Donald Trump contra o Brasil, autoriza o governo dos Estados Unidos a investigar e retaliar práticas comerciais que considere injustas, discriminatórias ou que violem acordos comerciais internacionais. A previsão é impor tarifas e outras sanções. O governo Lula (PT) se apegou em questões como o pix, mas as acusações vão de censura a redes sociais americanas até mesmo “tolerância ao desmatamento”.
Por ordem de Trump, caberá ao Representante de Comércio dos EUA (USTR), Jamieson Greer, comandar as investigações contra o Brasil.
Considerado rigoroso, Jamieson Greer é um dos líderes do MAGA (Make America Great Again), grupo muito ligado a Trump.
Após Lula achar útil acusar Trump de “chantagem” e “imperador do mundo”, as chances de o Brasil se livrar de sanções são remotas.
O cancelamento do visto pode ser o primeiro passo para algo mais grave: sanções da Lei, de Barack Obama, que prevê congelamento de bens e proibição de manter relações comerciais com qualquer empresa americanas, tipo cartão de crédito Visa etc.
Proibido de passar perto de representações diplomáticas, Bolsonaro correrá riscos diários, pela profusão de chancelarias e residências: o setor de embaixadas fica a meio caminho entre sua casa e o PL.
Não se decreta prisão preventiva “de cara”, pode gerar confusão. Mas se Bolsonaro descumprir qualquer das medidas será enquadrado na regra do art. 282, § 4º, CPP e “converte” em prisão preventiva.
Ex-integrante da CPI da roubalheira na Petrobras, nos governos do PT, o deputado Evair de Melo (PP-ES) ficou revoltado com a anulação das ações do doleiro Alberto Youssef determinada por Dias Toffoli. Melo não esquece Youssef confessando como corrompia petistas e aliados.
Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) a decisão de Moraes “é humilhante, arbitrária e totalmente desprovida de base legal”, em um “ciclo de autoritarismo”. Concluiu: “a democracia está sendo sufocada.”
Ainda rende o decreto do IOF presenteado por Moraes ao governo Lula. O decreto é inconstitucional, como havia explicado a advogada tributarista Mary Elbe Queiroz, da Cenapret: aumento de tributos deve obedecer ao princípio da legalidade e à regra da anterioridade.
O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) vê Bolsonaro vítima de um regime que não tolera oposição. “Impor tornozeleira, censura e toque de recolher a ex-presidente sem condenação é ditadura escancarada.”
Presidente da Comissão de Relações Exteriores, o deputado Filipe Barros (PL-PR) fará denúncias de perseguição a Bolsonaro ao Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
...o chanceler Mauro Vieira é como aquele assistente de técnico de futebol que até senta no banco, mas não manda em nada.