A quarta edição da Cacauicultura 4.0 chegou ao fim neste sábado (12), com a realização do Dia de Campo na Fazenda Santa Helena, no município de Riachão das Neves. Realizado pela Associação de Irrigantes da Bahia (Aiba) com o apoio da Prefeitura de Barreiras e da Prefeitura de Riachão, o evento consolidou-se como uma das maiores iniciativas técnicas voltadas à cadeia produtiva do cacau no Brasil, reunindo especialistas, produtores, pesquisadores e representantes de diversas instituições nacionais e internacionais.

Com início na noite da última quinta-feira (10), no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha, a Cacauicultura 4.0 foi marcada por um conjunto de atividades voltadas à construção de uma produção de cacau moderna, regenerativa e ambientalmente responsável. No segundo dia, o público acompanhou palestras técnicas, painéis e debates que abordaram temas como o cultivo regenerativo, o manejo integrado de pragas, inovações tecnológicas e as novas exigências do mercado internacional.

Já no terceiro e último dia, o conhecimento teórico deu lugar à vivência prática. A Fazenda Santa Helena abriu as portas para centenas de visitantes, com destaque para os mais de 30 agricultores familiares de Barreiras que participaram do Dia de Campo. Três tendas temáticas foram montadas para demonstrar na prática as etapas e decisões estratégicas que envolvem o cultivo do cacau no Cerrado baiano: “Primeiros passos do cacau: escolhas que fazem a diferença”, “O sucesso da lavoura começa no viveiro” e “Resiliência, decisão e resultado: como quebramos paradigmas no cacau”.

Presente em todas as etapas do evento, o secretário municipal de Agricultura e Tecnologia de Barreiras, Joaquim Neto, destacou o compromisso da gestão com a diversificação produtiva e a inclusão da agricultura familiar nesse novo cenário agrícola. “A Cacauicultura 4.0 tem mostrado o quanto o cacau deixou de ser apenas uma promessa e passou a ser uma realidade no oeste da Bahia. Ao lado de renomados pesquisadores, tivemos acesso ao que há de mais atual em tecnologia e inovação. E hoje, no campo, vimos na prática como essas técnicas estão transformando a vida de quem planta. A Prefeitura de Barreiras entende o potencial dessa cultura para gerar estabilidade econômica, emprego e renda, por isso, estamos incentivando a participação de nossos agricultores familiares. Esse é o nosso papel: garantir que o desenvolvimento chegue para todos”.

O prefeito de Barreiras, Otoniel Teixeira, acompanhado da primeira-dama Chaliny Matutino e do vice-prefeito Túlio Viana, também participou do encerramento do evento, que já é considerado um marco para a agricultura do oeste baiano. “Esse evento foi um divisor de águas. A força do cacau que estamos vendo florescer aqui tem o DNA dos produtores do oeste, gente que acredita, investe e transforma. Durante esses dias, Barreiras viveu um momento único, pois recebemos pessoas de diversas regiões do país e do mundo, que vieram enxergar o potencial transformador do cacau e saíram daqui impactadas. Estamos certos de que essa cultura tem futuro promissor e continuará crescendo com o apoio da gestão pública, como já demonstramos. Vamos seguir juntos, com nossas secretarias e parceiros, firmando o compromisso de fazer da quinta edição da Cacauicultura um novo sucesso, agora na versão 5.0”.

Já o presidente da Aiba, Moisés Schmidt, enfatizou o papel estratégico do evento na consolidação do oeste da Bahia como nova fronteira da cacauicultura no país. “A cada edição da Cacauicultura 4.0 buscamos superar as expectativas e oferecer aos produtores, técnicos e investidores um evento ainda mais qualificado e transformador. Esse ano não foi diferente. Quero agradecer especialmente ao prefeito Otoniel Teixeira e ao prefeito Moabe, de Riachão das Neves, pelo apoio fundamental para que esse evento se tornasse realidade. O oeste da Bahia já é uma referência quando falamos de inovação, produtividade e sustentabilidade. E agora, com o avanço da cacauicultura, estamos mostrando ao mundo que também temos excelência na produção do cacau, com qualidade, tecnologia e compromisso ambiental”.