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23
Jul/19

Em LEM os servidores da EMBASA também deflagraram greve



Após três meses sem satisfatórios avanços nas negociações com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia (Sindae) anuncia uma paralisação de advertência por 24 horas nesta terça-feira (23). Com isso, serviços como os de ligação e religação de água e esgoto, conserto de vazamentos, entrega de fatura e atendimento ao público poderão ficar suspensos.

A Embasa oferece reajuste de 5,07% sobre o salário-base e o mesmo aumento para os auxílio-educação, auxílio-material escolar, auxílio-filho especial e auxílio-funeral. Enquanto isso, o sindicato, que está em campanha salarial desde maio, reivindica um reajuste de 5,07% com o acréscimo de R$ 400 de ganho real, ticket alimentação de R$ 45, auxílio-educação de R$ 900 e auxílio-creche de R$ 900, entre outras demandas.

"A greve foi deflagrada na semana passada, em assembleias realizadas em todo o estado da Bahia, por conta da proposta e da chantagem feita pela direção da Embasa. Ela coloca que está negociando, mas ela não quer negociar, ela está condicionando e agora está chantageando a categoria por causa da questão do plano de saúde", acusa Danilo Assunção, coordenador do sindicato. 

Sobre este ponto específico, uma cláusula do contrato da empresa prevê que ela deve constituir uma comissão mista para discutir o modelo de coparticipação, mas esse grupo ainda não foi formado. Segundo a entidade, a Embasa "não fez o dever de casa" e agora "quer atropelar a comissão de forma autoritária e incoerente", sujeitando a realização de um acordo à cobrança da taxa. Já a empresa diz que aguarda a indicação dos nomes que vão representar o sindicato na comissão para promover a implantação do sistema.

Procurada pelo Bahia Notícias, a Embasa esclareceu que a coparticipação foi implantada nos contratos desde 2016, no entanto, essa despesa não é repassada aos empregados ativos. Ela ressalta que, ao longo desses três anos, sempre apresentou, nas pautas de negociação, a necessidade de repassar a coparticipação aos funcionários. 



"Nesse período, vários eventos internos e materiais explicativos foram produzidos para explicar aos empregados a proposta da empresa e a relevância da coparticipação no plano de saúde", defende, acrescentando que a cobrança visa "instituir fator moderador de uso do plano; manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato; fortalecer a atratividade do objeto contratual para processos licitatórios; ampliar rol de operadoras para a disputa na prestação de serviço de plano de saúde e controlar a sinistralidade do plano".

A taxa proposta é de 10% do valor dos procedimentos empresariais, consultas e exames, sendo que esse percentual não deverá ultrapassar a quantia de R$ 53,77 por evento. Ademais, os valores relativos à coparticipação terão um desconto mensal limitado a 10% da remuneração do titular do serviço.

Com esse impasse, o Sindae não só confirma a paralisação de amanhã, como alerta para a possibilidade de outros atos. “Outras greves mais longas poderão acontecer se a Embasa continuar nesse processo”, adverte Assunção. Novas assembleias serão realizadas nos dias 29, 30 e 31 de julho para a categoria avaliar deve assumir uma postura "mais dura".

Fonte:Bahia Notícias/Fotos do Blog do Sigi Vilares
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