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Abr/18 |
Família Lyra retoma comando da Mais FM |
O retorno dos Lyras à emissora vem gerando muitas especulações sobre o curto período de arrendamento. “Assinamos um contrato de arrendamento da emissora em 25 de janeiro desse ano e ainda estamos em fase de distrato. Estamos apenas aguardando que o Carlos Martins, responsável pelas despesas realizadas no período do arrendamento, faça sua prestação de contas para que depois nós possamos definir as condições do distrato”, afirmou Thiago Lyra.
Ao ser perguntado sobre os motivos que levaram ao rompimento do contrato o publicitário Sylvio Lyra foi direto. “O Carlos disse ter recebido de seus ‘apoiadores ocultos’ uma recusa em pagar o valor contratado do arrendamento em função da situação legal da emissora junto ao MCTIC – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e também junto a ANATEL. Mas acredito que isso foi apenas uma desculpa para algum problema financeiro que ele teve. A emissora está neste momento em fase de migração para o novo Sistema Mosaico da Anatel, assim como outras centenas de rádios no Brasil. Tomar uma decisão dessas ouvindo ‘apoiadores ocultos’ me parece uma coisa meio irresponsável. Talvez ele tenha dado um passo maior que a perna dele, só isso”.
O Veja Política falou com o engenheiro Celso Fonseca, responsável pela emissora junto ao MCTIC e Anatel. “A Gaivota FM de Barra do Mendes, a Mais FM, se encontra hoje na Categoria C2 junto ao MCTIC e a Anatel. Para explicar melhor, a Categoria C1 é quando o processo de migração para um novo sistema da Anatel, o Mosaico, ainda se encontra no MCTIC. Já no caso da Categoria C2, que é o da Mais FM, a emissora está na situação de migração para o novo Sistema Mosaico, e já protocolado na Anatel, ou seja, entre MCTIC/Anatel” afirmou Fonseca.
“A Anatel (antiga Dentel) é hoje a Agência ligada ao MCTIC que fiscaliza as rádios de todo o Brasil. A situação da Mais FM é igual à de centenas de emissoras brasileiras que passam pelo mesmo processo de migração para este novo sistema digital que a Anatel criou. O Mosaico chegou para dar agilidade na fiscalização das 3.533 rádios FM, das 1.790 rádios AM e 4.775 rádios Comunitárias existentes hoje pelo Brasil a fora. Nada de irregular e nem de ilegal nisso, apenas um processo de migração exigido pela Agência”, explicou o engenheiro sócio da KRC Engenharia Ltda.
Os proprietários garantem que a emissora permanecerá no ar e que já existem novos negócios à vista. “A Mais FM vem crescendo muito na região de Irecê e da Chapada Diamantina. Temos uma posição geográfica muito boa e isso tende a gerar negócios”, conclui Thiago Lyra.