O perito Luiz Vilson e o repórter Jadiel Luiz

O perito técnico da polícia civil de Salvador, Luiz Vilson Costa foi entrevistado ontem, terça-feira, dia 27, pelo repórter Jadiel Luiz do Blog do Sigi Vilares, no Departamento de Polícia Técnica em Barreiras.

Especialista em desenhar faces e demais partes do corpo humano através do retrato falado, Luiz Vilson veio até a cidade de Barreiras para contribuir com sua experiência profissional para tentar elucidar um homicídio que aconteceu já há algum tempo no município.

Durante a entrevista, o perito relatou o conceito e a importância do reconhecimento facial e corporal através do retrato falado. O reconhecimento facial é uma das áreas de especialidade das ciências biométricas, como também são os estudos de impressões papilares, da voz, da retina da íris e da geometria da mão e até algumas outras partes do corpo, como tatuagens por exemplo.



O primeiro retrato falado que foi usado na perícia técnica foi realizado por Alphonse Bertillon, em 1870, em Páris na França, a partir daí, a técnica tem sido usado até nossos dias, sendo passo a passo, detalhe por detalhe definido o mais próximo possível da realidade do suspeito.

Primeiramente, o retrato falado era desenhado a mão, depois a técnica usou os recursos da informática, mas não tão bem definido, mas posteriormente a definição e detalhes nos desenhos virtuais ficaram mais aperfeiçoados.

O Reconhecimento Facial visa classificar um indivíduo pelas variações nas características morfológicas da face, ou seja, pelas diferenças na constituição dos órgãos faciais e nas estruturas antropométricas da face.



As características faciais podem ser mensuradas, registradas e verificadas, permitindo estabelecer uma forma de classificação do indivíduo. O exame de Reconhecimento Facial consiste em um processo de captura e comparação entre as características biométricas faciais, de duas ou mais faces, utilizando métodos científicos, sendo, portanto, realizado por peritos de natureza criminal.

A grande vantagem do reconhecimento facial é que se trata de um reconhecimento passivo, o indivíduo não precisa oferecer os dados, como no caso da impressão papilar, da voz, dentre outros, para que se possa fazer o reconhecimento e através do retrato falado ao ficar pronto, através das características, a investigação policial num crime ao qual a pessoa seja acusada, já ajuda e muito em pequenos ou até mais detalhes a encontrar o suspeito e até em casos específicos, diminuindo o universo de suspeitos.

Em Barreiras, Vilson veio desenhar o retrato falado de um acusado por homicídio que ocorreu há anos atrás, onde ele não revelou detalhes para não atrapalhar as investigações. Nesta quarta-feira (28), ele irá fazer o mesmo trabalho de forma interina em Bom Jesus da Lapa, tendo em vista que na região existe uma falta de profissionais com essa especialidade em desenhar o retrato falado de forma fixa e raras situações, acaba vindo de Salvador.

O mesmo revelou alguns casos em Salvador que através do retrato falado, acusados de alta periculosidade foram presos. A expectativa é que em breve a região oeste da Bahia possa ter um profissional estabelecido, em especial na cidade de Barreiras, pois o retrato falado tem uma importância muito grande e ajuda a elucidar muitos crimes e prender criminosos.