Na disputa eleitoral pela Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, o candidato Oziel Oliveira que concorre a vaga sustentado por uma liminar da Justiça, conseguida no apagar das luzes da campanha, tenta de todas as formas esconder o seu passado e voltar para a Prefeitura da cidade.

Oziel tenta esconder da população o conjunto de seus crimes inúmeros processos e condenações na justiça, inclusive a que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), a partir da decisão do relator do processo, o desembargador João Augusto Alves de Oliveira Pinto, por conta da Lei da Ficha Limpa, o tornou inelegível até 2019. Em uma das denúncias o Ministério Público pede sua condenação também por ter usado serviços advocatícios do município em benefício próprio

Na esfera federal o ex-prefeito é bem conhecido por práticas de crime contra a administração pública. O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu ação penal contra Oziel Oliveira pela compra ‘incompatível’ de combustível na época em que era prefeito (2001 a 2008). A quantidade adquirida mensalmente seria suficiente para dar nove voltas ao redor do planeta. O candidato Oziel Oliveira foi acusado de desvio de dinheiro público e fraude em licitações.

Na Justiça Baiana, o algoz do Oeste da Bahia, como é conhecido no Estado, responde por uma série de crimes. No final do ano passado o Diário Oficial da Justiça publicou a condenação de Oziel Oliveira a 4 anos de prisão. Anteriormente o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, titular da 8ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, com base na Lei da Ficha Limpa, pediu que o Governo da Bahia afastasse, imediatamente, Oziel Oliveira do cargo de diretor da ADAB, por o mesmo, segundo o juiz, oferecer risco ao erário público. “Estamos tratando da própria administração pública, do erário e da real necessidade de se impor, principalmente nos dias atuais, uma administração eficaz, econômica, moral e ética, de modo que permanência do Réu no cargo ao que indicado poderia, inclusive, gerar futuros danos na administração da ADAB”, diz o juiz em sua sentença.

Para quem ainda tinha dúvidas sobre a extensa ficha corrida do candidato Oziel Oliveira, basta consultar nos sites de buscas ou através das páginas da web do STF, do TJ/Ba, do TCE/Ba e do TCM/Ba, colocando os números dos processos a cima, para ter acesso a alguns dos seus crimes.

Luís Eduardo Magalhães precisa saber quem são verdadeiramente os seus candidatos e precisa também evitar que a cidade passe vergonha novamente em rede nacional de televisão (programa Fantástico da Rede Globo) e por ser notícia como sendo sede de domicílio eleitoral do conhecido “Rei das liminares”, por ter administrado o município e concorrido às eleições sobre efeito de liminares.

Vários são os processos contra o candidato a prefeito de LEM. No STF, um dos políticos mais sujos da Bahia possui 4 ações penais (números: 574/2011, 575/2011, 576/2011 e 688/2012) e 6 inquéritos (3107/2011, 3107/2011, 3334/2011, 3330/2011, 3304/2011, 3534/2012); no TJ/BA, Comarca de Luiz Eduardo Magalhães existem 3 processos (Nº 0000985-70.2006.805.0154, 0004476-46.2010.805.0154 e 0001495-15.2008.805.0154); já no Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA), consta o Processo Nº 706/2006. O Tribunal identificou irregularidades na prestação de contas sob sua responsabilidade, o que lhe tornou inelegível. No Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM/BA), existem os processos Nº 09007-09, Nº 09073-08 e Nº 04991-10, que determinaram o pagamento de multas e ressarcimentos de dinheiro público. Entre os 48 processos que responde, estão três liminares cassando seu mandato como prefeito

Por onde Oziel Oliveira passou, deixou rastro. Nos 4 anos de mandato como deputado federal, dos 513 parlamentares que compõem a Câmara, esteve na lista dos 100 piores avaliados (veja aqui: http://www.politicos.org.br/oziel-alves-de-oliveira).