A Bahia Farm Show movimentou, no ano passado, R$1 bilhão em negócios, batendo uma marca histórica ao longo de dez edições. Porém, para este ano, a organização do evento estima que o volume de negócios seja o mesmo de 2014. Por causa da crise que assola o país, não há previsão de crescimento das vendas. "O momento é de cautela nos investimentos em todas as áreas, e conosco não deve ser diferente ", detalha Thiago Pimenta, um dos organizadores do evento.

A menos que haja uma surpresa, esta será a primeira vez que o volume de vendas não deve ultrapassar a edição anterior, desde que a feira surgiu, há onze anos.

Apesar disso, Thiago Pimenta assegura que a situação "não significa que haja expectativas negativas". Ao contrário, já que em outros eventos do mesmo tipo, houve uma queda em relação às edições anteriores, compara. "Se mantiver, já é um excelente resultado", afirma.

De acordo com Thiago, a alta dos juros, principalmente no setor de financiamentos, e a incerteza política e econômica no Brasil são os principais fatores que impedem uma expansão dos índices de negócios da Bahia Farm Show. "O momento de desconforto que todos os brasileiros estão sentindo é vivido também na zona rural, seja na produção de pequena, média ou grande porte", avalia.

Ao atingir R$ 1 bilhão em negócios consolidados, a feira assumiu a segunda posição de vendas por visitantes no Brasil em eventos de agronegócio, ficando atrás apenas da Agrishow, realizada em Ribeirão Preto, no interior do São Paulo. A Agrishow, realizada no começo de maio, registrou uma queda histórica de 30% dos negócios, em comparação a 2014.