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24
Mar/15

Professores de Barreiras repudiam atitude da prefeitura

Nós professores da Rede Municipal de Ensino, vimos a público manifestar a nossa insatisfação com a medida adotada pela Prefeitura de Barreiras de fechamento de turmas nas escolas municipais. Queremos deixar claro, que somos totalmente contra a forma como ela foi implantada, sem ouvir o que a categoria tem a dizer a respeito da mesma. Em nenhum momento, os professores, principais interessados e os mais afetados, foram consultados sobre a adoção dessa medida.

Faz-se necessário lembra que a Lei de Diretrizes e Bases da educação brasileira (LDB) no seu artigo 25 diz. ¨Será objeto permanente das autoridades responsáveis alcançarem a relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. 

O Pressuposto básico para essa adequação entre o número de alunos e o professor, portanto, são as condições materiais do estabelecimento. Coisa que as escolas da rede municipal não oferecem. As salas não são climatizadas, a grande maioria se quer tem ventiladores, portas e janelas. São quentes, abafadas, sem ventilação e sem estrutura que consiga conter o barulho da própria sala.

Apenas este item, o das condições materiais, impede a adoção da medida tomada pela prefeitura.

O período escolhido para a adoção da medida é totalmente inviável. As aulas já estão em andamento há quase quatro semanas. Todos os envolvidos no processo de ensino - aprendizagem já estruturaram suas vidas com turnos das turmas de trabalho ou que estudam.

Os alunos já se adequaram aos colegas de classe e a forma de lecionar dos professores e agora terão que reiniciar todo o processo de localização e de ensino-aprendizagem, ao mudarem de classe, provocando um grande prejuízo ao processo de aprendizagem.
Os pais que matricularam seus filhos em uma determinada turma, também organizaram sua vida família, profissional e social em tempo desse horário em que o filho esta na escola.

A troca de aluno de turma, sem previa consulta aos pais e uma séria agressão aos direitos do cidadão, proferidas pela Constituição Federal, por que cerceia o livre arbítrio dos pais de escolher o horário com que seus filhos terão acesso à educação formal, que é dever da união, estados e munícios, de oferecer acesso a escola em todos os turnos.

Desde já, deixamos claro que não iremos aceitar a mesma sem lutarmos pelos nossos direitos, enquanto profissionais, pais e mães de famílias e acima de tudo, enquanto cidadãos.

Fonte: SINDSEMB
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