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Dez/14

Pr. Adejarlan Ramos: Por que escrevo

Sempre gostei das palavras. Elas sempre me fascinaram. Quando criança gostava de ler dicionários e procurar o etmo das palavras.Escrevo por que acredito no poder das palavras.

As palavras emocionam, encantam, alegram, definem. Sempre acreditei que temos uma relação com as palavras muito mais do que imaginamos. Acredito no poder da pena.Escrevo por que acredito no valor terapêutico da escrita. Escrever também salva. Tanto quem escreve, quanto quem lê.

Na escrita resgatamos risos não sorridos, lágrimas não choradas, angustias não expressas, feridas não curadas, saudades não sentidas, ideais não alcançados.Escrevo para fugir da mesmice. Quero mais do que só respirar. Cansei de reproduzir obviedades. Não basta viver, temos que viver intensamente, sempre dirigidos por nossos ideais. Escrevo na tentativa de poder contribuir para um mundo melhor.

Não alimento messianismo mas creio que posso dar minha parcela na contribuição de um mundo possível.Escrevo as vezes por saudades. Admito que as vezes sou nostálgico. À semelhança de Proust, reconheço que o tempo perdido em alguns momentos pode ser recuperado. Escrever as vezes é recuperar tempo perdido.

Escrevo por que gosto de encher a alma de beleza. Acredito que podemos suplantar fealdades com a beleza da escrita. Acredito que o ser humano ainda que oculte sentimentos mais vis e desprezíveis, é capaz de admirar o belo. Ainda temos a “Imago Dei”! Ainda temos resquício de humanidade!Escrevo por que gosto de aliar-me aos nobres.

Escrever é se juntar com pessoas que transpõe a mediocridade e percorre a senda dos idealistas.Escrevo por que acredito no bálsamo das palavras. Se as palavras ferem elas também podem curar. Quando escrevo sei que estou untando feridas que foram feitas pelo anos e machucadas pelos dias e meses. 

Escrevo por que acredito no peso das palavras. Não é a toa que alguns profetas da Antiga Aliança iniciavam seus vaticínios com a expressão “Peso da palavra do Senhor”. Neste momento substantivos e verbos uniam-se numa sonoridade bela e encantadora tão própria do idioma semítico para despertar consciências adormecidas. 


Os léxicos e as sintaxes podem tocar o mais recôndito de uma alma humana.Sei que não sou poeta e também não arvoro-me como escritor. Reconheço meu amadorismo. Apanho da escrita. Muitas vezes tropeço na sintaxe.Não arvoro-me como escritor. Admiro-os. Gosto de ler uma crônica bem feita e uma poesia bem poetizada.

Sei que meus voos literários são rasteiros mas não perco de vista os condores que já alçaram voos altos e longínquos.Sempre acreditei que a grandeza de uma alma está nas motivações que o levam a fazer determinadas ações.

Assim continuarei rabiscando.

Pr. Adejarlan Ramos
Vice-Presidente da Assembleia de Deus em Barreiras (CEADB e CGADB).

Fonte:Blog do Sigi Vilares/Colunistas
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